NOVO PROGRESSO: Fazendeiro é preso acusado de escravizar 13 trabalhadores em uma fazenda no município de Novo Progresso
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Fazendeiro é preso acusado de escravizar 13 trabalhadores em uma fazenda no município de Novo Progresso próximo a Castelo dos Sonhos, distrito de Altamira, PA.
Proprietário andava armado e obrigava grupo a construírem uma casa em condições degradantes no município de Novo Progresso, no Pará.
O acusado um homem conhecido por Aparício foi preso na tarde desta quinta feira acusado de escravizar treze homens em uma fazenda próximo ao Distrito de castelo de sonhos no Pará. A operação do IBAMA e força nacional é resultado de denúncia feita por uma vitima que conseguiu fugir e acionou as autoridades., com base em operação conjunta de fiscalização IBAMA e força nacional foi realizada o flagrante do acusado e trazido para a delegacia para apurar o caso que se poderá se caracterizar crime de trabalho escravo.
Trabalhadores resgatados trabalhavam a um mês na fazenda sem poder sair do local e ainda sobre ameaça, segundo as vitimas que falaram a nossa reportagem que eram obrigado a trabalhar se não ficariam sem alimentação, eles trabalhavam em 15 dias de serviço e não saldavam nem 30,00 reais, ainda chegaram a pagar 17,00 em um litro de leite estavam em situação degradante em desespero foi quando um deles conseguiu fugir e chegar até Novo Progresso para pedir ajuda ao IBAMA .
De acordo com as autoridades, os trabalhadores eram subjugados pelo fazendeiro, que andava armado, sofriam humilhações constantes, viviam em condições degradantes e cumpriam jornadas exaustivas. Sem proteção e os trabalhadores não tinham folga. O Repórter Edson Santos acompanhou o trabalho da policia na tarde desta quinta feira, segundo o coordenador do IBAMA que o delegado poderá indiciar por crime de trabalho escravo já que os treze falaram sempre as mesmas acusações
O delegado poderá se basear no artigo 149 do Código Penal, que define trabalho escravo contemporâneo, e destacou que o fazendeiro, “em pleno século 21, adotou práticas de tratamento desumano a trabalhadores rurais”. Ele ressaltou ainda que “os motivos do crime baseiam-se no desejo de obter o maior lucro possível em detrimento de trabalhadores pouco escolarizados e pobres”.
Trabalho forçado
Segundo a equipe de fiscalização, coordenada pelo coordenador do IBAMA, os trabalhadores estavam trabalhando forçado sobre ameaça de morte . eles eram obrigados a trabalhar de domingo a domingo, sem terem certeza de quanto receberiam no final do mês. Os libertados deram depoimentos relatando que tinham de cumprir longas jornadas todos os dias, e sofriam humilhações e ameaças se reclamassem.
Duas Armas sem registro encontradas na fazenda em posse do fazendeiro sendo uma espingarda e um revolver calibre 38 e muita munição estavam de posse do acusado.
No flagrante, o fazendeiro chegou a ser detido pela Polícia Federal por portar armas sem registro ou documentação. Nos depoimentos, empregados relataram que, além de fazer humilhações constantes, Vivaldo não permitia que eles saíssem.
“É uma coisa absurda, em pleno século 21 ainda existir esse tipo de crime eles saiam pra trabalhar se não o fizessem ficariam sem alimentação, Como pode ?”, questiona. “Entendo que existem violações à legislação do trabalho"
“O que tem acontecido bastante aqui na região é que o pessoal do Ministério do Trabalho e Emprego não dá nenhuma orientação, não informa sobre as minúcias da legislação trabalhista. Quando eles são contratados não sabem os seus direitos
No trabalho em si, além das jornadas exaustivas sistemáticas, sem tempo para descanso, também foram constatados outros problemas considerados graves pela fiscalização. Apesar de trabalharem sem segurança nenhuma ainda não podiam abandonar o serviço porque o acusado andava armado.
Porém, destaca que os trabalhadores não tiveram alternativa. ”Ressalte-se que o fato de cidadãos pobres e humildes aceitarem a indigna sujeição a tal tipo de condições, o que fazem em razão da absoluta falta de alternativa para garantia da própria subsistência, não autoriza a outrem, valendo-se da privilegiada posição de detentor do conhecimento e do poder econômico, literalmente lucrar com a miséria e desgraça alheias”, destaca. “Não há dúvida quanto ao pleno conhecimento do acusado acerca do que se passava na propriedade, bem assim quanto a sua atuação livre e consciente no intuito de lucrar com a exploração do trabalho das vítimas, uma vez que declarou que contratava os trabalhadores, efetuava os pagamentos e administrava a fazenda”, conclui.
Por: Edson Santos exclusiva para Jornal Folha do Oeste