MEGACURIOSO: E se a ciência fosse tão popular quanto o futebol?
Futebol… tão presente no cotidiano da maioria das pessoas. Em todos os cantos, uma quadra ou campo de futebol. O esporte mas popular do Brasil está presente todos os dias na televisão, diferentemente da ciência, que é tão escassa na vida das pessoas que a maioria nem sequer reconhece sua importância. Quantas pessoas conhecem César Lattes ou Miguel Nicolelis, um dos cientistas mais importantes da atualidade (e brasileiro)?
Seleção internacional de ciência em 1927
E não é difícil entender o por quê. Temos poucos bons técnicos (professores), poucos times e ainda menos estádios (laboratórios). Esses últimos só permitem a cobrança de pênaltis – pequenas iniciativas que pouco ajudam. Como resultado, a Argentina dá uma goleada no Brasil – 5×0. Enquanto os hermanos levaram cinco prêmios Nobel para casa, o Brasil segue um longo jejum de títulos. Carlos Chagas foi quem esteve mais próximo de trazer um Prêmio Nobel para o nosso país, e isso aconteceu em 1921.
Mas ganhar um Nobel não deve ser a motivação para se investir em educação e ciência, afinal de contas, esse é somente o resultado de um longo e árduo trabalho. Em vez disso, o conhecimento científico deve fazer parte da cultura de um povo, assim como é em países desenvolvidos. E o gosto pela ciência deve ser inserido nas pessoas logo cedo. Quantas têm a oportunidade de estar em um laboratório ou têm um contato mais próximo com a ciência quando crianças? Poucas, eu diria.
Quando um menino nasce, grande parte dos pais não tardam a comprar uma bola. Quando criança, muitas vezes o colocam em uma escolinha de futebol com o objetivo de despertar um talento. Na maioria esmagadora dos casos, vêem a decepção. E se essas crianças fossem levadas para escolinhas de ciência, com o objetivo de despertar um futuro grande cientista?
Claro que seria inviável construir um Maracanã da ciência em cada esquina ou escola, mas investir em atividades que possam despertar o interesse das crianças para o mundo científico possa ser uma boa saída para popularizar a ciência a longo prazo. A presença de carreiras de formação científica no ensino médio também seria uma saída interessante. Em todos os casos, é impossível fugir do investimento na educação.
De qualquer modo, os futuros craques da seleção de ciência brasileira estão por aí, mas falta algo que possa lhes despertar o seu interesse.
Fonte: misteriosdomundo.com