MEGACURIOSO: E se a ciência fosse tão popular quanto o futebol?

17/05/2013 12:03

Futebol… tão presente no cotidiano da maioria das pessoas. Em todos os cantos, uma quadra ou campo de futebol. O esporte mas popular do Brasil está presente todos os dias na televisão, diferentemente da ciência, que é tão escassa na vida das pessoas que a maioria nem sequer reconhece sua importância. Quantas pessoas conhecem César Lattes ou Miguel Nicolelis, um dos cientistas mais importantes da atualidade (e brasileiro)?

Seleção mundial de ciência em 1927

Seleção internacional de ciência em 1927

 

E não é difícil entender o por quê. Temos poucos bons técnicos (professores), poucos times e ainda menos estádios (laboratórios). Esses últimos só permitem a cobrança de pênaltis – pequenas iniciativas que pouco ajudam. Como resultado, a Argentina dá uma goleada no Brasil – 5×0. Enquanto os hermanos levaram cinco prêmios Nobel para casa, o Brasil segue um longo jejum de títulos. Carlos Chagas foi quem esteve mais próximo de trazer um Prêmio Nobel para o nosso país, e isso aconteceu em 1921.

Mas ganhar um Nobel não deve ser a motivação para se investir em educação e ciência, afinal de contas, esse é somente o resultado de um longo e árduo trabalho. Em vez disso, o conhecimento científico deve fazer parte da cultura de um povo, assim como é em países desenvolvidos.  E o gosto pela ciência deve ser inserido nas pessoas logo cedo. Quantas têm a oportunidade de estar em um laboratório ou têm um contato mais próximo com a ciência quando crianças? Poucas, eu diria.

Quando um menino nasce, grande parte dos pais não tardam a comprar uma bola. Quando criança, muitas vezes o colocam em uma escolinha de futebol com o objetivo de despertar um talento. Na maioria esmagadora dos casos, vêem a decepção. E se essas crianças fossem levadas para escolinhas de ciência, com o objetivo de despertar um futuro grande cientista?

Claro que seria inviável construir um Maracanã da ciência em cada esquina ou escola, mas investir em atividades que possam despertar o interesse das crianças para o mundo científico possa ser uma boa saída para popularizar a ciência a longo prazo. A presença de carreiras de formação científica no ensino médio também seria uma saída interessante. Em todos os casos, é impossível fugir do investimento na educação.

De qualquer modo, os futuros craques da seleção de ciência brasileira estão por aí, mas falta algo que possa lhes despertar o seu interesse.

 

Fonte: misteriosdomundo.com